A recuperação judicial assegura que empresas consigam quitar suas dívidas diante dos credores
Quando uma empresa está prestes a fechar devido a dificuldades financeiras é possível passar por um processo intitulado “recuperação judicial”.
O processo é fundamental para manter o negócio funcionando enquanto as dívidas são quitadas pela empresa. Resumindo, é uma maneira de evitar a falência do negócio por um período.
Neste artigo, explicaremos o que é a recuperação judicial, como funciona e por qual motivo ter a ajuda de um advogado especializado torna o processo mais eficiente.
O que é recuperação judicial?
Como mencionado no início deste artigo, esse processo é uma maneira da empresa continuar funcionando apesar do endividamento.
O principal objetivo é mostrar que a empresa tem total capacidade de funcionar e pagar as dívidas junto aos credores com o tempo, além de poder retornar ao mercado com potencial para crescimento.
A empresa não tem apenas função comercial, mas também social. Isso ocorre porque ela gera renda, empregos e benefícios para a sociedade com a oferta dos seus serviços essenciais.
A Lei n° 11.101/2005 é a lei que regulamenta a recuperação judicial, extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.
No artigo 47, a legislação define que a recuperação judicial “tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica”.
Dessa forma, a lei surge como um caminho possível para que o negócio saia do endividamento e expanda a sua atuação no futuro.
Como funciona a recuperação judicial?
Mediante a legislação, só pode requerer a recuperação judicial o devedor que exerça regularmente as suas atividades há mais de dois anos. Além disso, é preciso atender alguns requisitos, como:
- não ter falido, e se foi precisa, ter declaradas extintas as responsabilidades decorrentes do processo;
- não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação judicial;
- não ter sido condenado ou não ter pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos na Lei n° 11.101/2005.
Agora que já explicamos os requisitos, explicaremos como funciona o processo.
O proprietário de uma empresa que atenda aos requisitos exigidos pela lei e que está passando por dificuldades financeiras poderá pedir ao Judiciário para colocar em prática um plano de recuperação judicial.
Este plano contém informações acerca de como a empresa irá pagar as dívidas e manter seu funcionamento sem prejuízos.
No entanto, caso o que for proposto não der certo, a empresa passará da recuperação para a falência.
Fases da recuperação judicial
Para ficar mais simples a explicação faremos um apanhado de todas as fases do processo de recuperação judicial.
- É feito o pedido pela empresa à Justiça com explicações sobre os motivos da crise financeira.
- Se o juiz aceitar o pedido, então ficam suspensos por 180 dias os processos e protestos.
- Um administrador judicial é nomeado pelo juiz para fiscalizar o processo e ser uma ponte entre os credores e a empresa.
- A empresa precisa apresentar, em até 60 dias, seu plano.
- Depois os credores se reúnem para votar a proposta.
Se o plano for aprovado, como mencionamos anteriormente, a empresa segue com as práticas previstas e se for rejeitado, a empresa entra em falência, encerrando suas atividades e tendo os bens leiloados para o pagamento dos credores.
Como funciona a recuperação extrajudicial?
A recuperação extrajudicial, como a nomenclatura menciona, é feita sem que o processo seja mediado por um juiz.
Dessa maneira, a negociação toda é feita entre a empresa devedora e os credores. Mas o processo de negociação privada também exige a homologação na Justiça.
Ter a ajuda de advogado especialista facilita o processo
O advogado especialista poderá ser um aliado para assegurar que todo o plano será cumprido adequadamente.
Além disso, a ajuda profissional é a melhor maneira de garantir que a empresa consiga quitar as dívidas junto aos credores e se estabeleça novamente em pouco tempo.
Todo o processo precisa ser acompanhado de perto por profissionais preparados que tenham conhecimentos teóricos e práticos na área.
Por isso, consulte nossa assessoria jurídica e estabeleça pontos essenciais para realizar o processo de recuperação judicial conforme as necessidades da sua empresa.
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